quarta-feira, 31 de março de 2010

Fale de Seus Sentimentos, Tome Decisão, Se Alimente Corretamente... (( Dr. Drauzio Varela ))

Se não quiser adoecer "Tome decisão".

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer "Busque soluções".

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmurção, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar da escuridão. Pequna é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer "Não viva de aparências".

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho, etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer "Aceite-se".

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie".

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é a falta de fé em sim, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste".

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor"

Alegria é saúde e terapia.

(( Texto recebido por e-mail, de autoria do Dr. Drauzio Varela, e repassado a vocês, para o início ou o prosseguimento de uma vida cada vez melhor ))

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos

1 - Disciplinar os próprios impulsos.
2 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.

3 - Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.

4 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.

5 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.

6 - Evitar as conversações inúteis.

7 - Receber o sofrimento como processo de nossa educação.

8 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.

9 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.

10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Senhor, Pode Entrar (( Autoria desconhecida ))

Aos poucos vamos apagando as luzes de nossas casas, abrindo janelas e portas, deixando a luz do sol entrar.

Tudo vai ganhando contorno, cor, dimensão, calor e vida.

Senhor, nós te agradecemos por este dia.

Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas entrar com tua luz.

Queremos que tu, Senhor, definas os contornos de nosso caminhos, as cores de nossas palavras e gestos, a dimensão de nossos projetos, o calor de nossos relacionamentos e o rumo de nossa vida.

Podes entrar, Senhor, em nossas famílias.

Precisamos do "ar puro" de tua verdade.

Precisamos de tua mão libertadora, para abrir compartimentos fechados.

Precisamos de tua beleza, para amenizar nossa dureza.

Precisamos de tua paz para nossos conflitos.

Precisamos do teu contato, para curar feridas.

Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença para aprendermos a partilhar e abençoar!

Assim Seja!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Estreita é a Porta (( Jussara, por Vera Lúcia Marinzeck ))

Se formos misericordiosos, teremos condições de receber a misericórdia de Deus.

Bem-aventurados os fazedores da paz, aqueles que têm sempre uma atitude de paz dentro de si mesmos.

Justiça é a nossa atitude justa, certa com o nosso Criador.

Não julgueis e não sereis julgados, não condenais... Com a mesma medida com que medirdes, ser-vos-á medido. O Mestre aqui nos ensina a lei infalível da Ação e Reação. Fazer o mal ao próximo é fazer o mal a si mesmo. O ato mal perturba e traz culpa, e a conseqüência é o sofrimento. É impossível ser mal sem fazer mal a si próprio. Erro é negativo que atrai outro negativo, que causa sofrimento. Devemos ser bons e ninguém o é sem fazer o bem a outros, sem dar de si mesmo.

Pede, bate, procura fazer algo para se tornar receptivo a energias benéficas.

Estreita é a porta... Como podemos passar pelo buraco da agulha, pela porta apertada? Despojando-nos de tudo, ficando somente com aquilo que somos. "Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a tudo que tem. Desapegue-se!" (Jesus).

É preciso colocar estas palavras em prática no dia-a-dia. Somente a prática verdadeira e constante dos ensinamentos de Jesus garante nosso crescimento espiritual e edificação na Rocha Viva, a casa de nossa espiritualização. O verdadeiro aprendiz do Evangelho realiza os ensinamentos nele contidos em todos os setores de sua vida, esteja ele em qualquer das moradas do Pai, no plano físico ou espiritual.

(( Trecho retirado do livro "Sonhos de Liberdade", escrito por Jussara, psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho ))

Os Mal-Intencionados (( Jussara, por Vera Lúcia Marinzeck ))

Alguns se perguntam por que Deus, que tudo vê, não nos livra dos mal-intencionados...
O mal-intencionado necessita também de ajuda. Alguns agem com má intenção e mudam seu comportamento pelo exemplo visto; são os que mais recebem. Eram doentes da alma e se curaram.

Aqueles que não aprendem, perdem uma oportunidade. Os que abusam da boa-vontade alheia serão com certeza alvos de abuso no futuro.

Faça o que se deve fazer.

Jesus não semeou seus ensinamentos para todos nós? Não disse que algumas sementes caíriam nas pedras, nos espinhos, e na estrada? Faça o bem e você será o terreno fértil para o plantio... É ISSO QUE DEVE LHE INTERESSAR.

(( Trecho retirado do livro "Sonhos de Liberdade", escrito por Jussara, psicografado por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho ))

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fora da Igreja não há salvação - Fora da verdade não há salvação

Enquanto a máxima - Fora da caridade não há salvação - assenta num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma - Fora da Igreja, não há salvação -se estriba, não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, porém numa fé especial, em dogmas particulares; é exclusivo e absoluto. Longe de unir os filhos de Deus, separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários. Desprezando a grande lei de igualdade perante o túmulo, ele os afasta uns dos outros, até no campo do repouso. A máxima - Fora da caridade não há salvação consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros. Com o dogma - Fora da Igreja não há salvação, anatematizam-se e se perseguem reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica.


Fora da verdade não há salvação eqüivaleria ao Fora da Igreja não há salvação e seria igualmente exclusivo, porquanto nenhuma seita existe que não pretenda ter o privilégio da verdade. Que homem se pode vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos incessantemente se alarga e todos os dias se retificam as idéias? A verdade absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos da categoria mais elevada e a Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber tudo. Ela somente pode aspirara uma verdade relativa e proporcionada ao seu adiantamento. Se Deus houvera feito da posse da verdade absoluta condição expressa da felicidade futura, teria proferido uma sentença de proscrição geral, ao passo que a caridade, mesmo na sua mais ampla acepção, podem todos praticá-la. O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos, independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não diz: Fora do Espiritismo não há salvação; e, como não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: Fora da verdade não há salvação, pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Fora da caridade não há salvação

Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.).253

(( Trecho retirado do Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XV, Ítens de 8 a 10 ))

sábado, 13 de março de 2010

Ânimo (( Chico Xavier ))

Não desanimes. Persiste mais um tanto.

Não cultives o pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.

Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
Avança ainda que seja por entre lágrimas.
Trabalha constantemente. Edifica sempre.
Não consintas que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.

Não te impressiones à dificuldade.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia a dia.

Não desistas da paciência.
Não creias em realização sem esforço.
Silêncio para a injúria.

Olvido para o mal.
Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes.

Não permitas que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apaguem a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo.

Não contes vantagens nem fracassos.
Estuda buscando aprender.
Não se voltes contra ninguém.
Não dramatizes provações ou problemas.

Conserva o hábito da oração para que se te faça luz na vida íntima.
Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar.
Age auxiliando. Serve sem apego.
E assim vencerás.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Caridade Material e a Caridade Moral (( Irmã Rosália - Paris, 1860 ))

“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fosse feito”. Toda a religião, toda a moral, se encerram nestes dois preceitos. Se eles fossem seguidos no mundo, todos seriam perfeitos. Não haveria ódios, nem ressentimentos. Direi mais ainda: não haveria pobreza, porque, do supérfluo da mesa de cada rico, quantos pobres seriam alimentados! E assim não mais se veriam, nos bairros sombrios em que vivi, na minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças necessitadas de tudo.

Ricos! Pensai um pouco em tudo isso. Ajudai o mais possível aos infelizes; daí, para que Deus vos retribua um dia o bem que houverdes feito: para encontrardes, ao sair de vosso invólucro terrestre, um cortejo de Espíritos reconhecidos, que vos receberão no limitar de um mundo mais feliz.

Se pudésseis saber a alegria que provei, ao encontrar no além aqueles a quem beneficiei, na minha última vida terrena!

Amai, pois, ao vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que o desgraçado que repelis talvez seja um irmão, um pai, um amigo que afastais para longe. E então, qual não será o vosso desespero, ao reconhecê-lo depois no Mundo dos Espíritos!

Quero que compreendais bem o que deve ser a caridade moral, que todos podem praticar, que materialmente nada custa, e que não obstante é a mais difícil de se por em prática.

A caridade moral consiste em vos suportardes uns aos outros, o que menos fazeis nesse mundo inferior, em que estais momentaneamente encarnados. Há um grande mérito, acreditai, em saber calar para que outro mais tolo possa falar: isso é também uma forma de caridade. Saber fazer-se de surdo, quando uma palavra irônica escapa de uma boca habituada a caçoar; não ver o sorriso desdenhoso com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se julgam superiores a vós, quando na vida espírita, a única verdadeira, está às vezes muito abaixo: eis um merecimento que não é de humildade, mas de caridade, pois não se incomodar com as faltas alheias é caridade moral.

Essa caridade, entretanto, não deve impedir que se pratique a outra. Pelo contrário: pensai, sobretudo, que não deveis desprezar o vosso semelhante; lembrai-vos de tudo o que vos tenho dito; é necessário lembrar, incessantemente, que o pobre repelido talvez seja um Espírito que vos foi caro, e que momentaneamente se encontra numa posição inferior à vossa. Reencontrei um dos pobres do vosso mundo a quem pude, por felicidade, beneficiar algumas vezes, e ao qual tenho agora de pedir, por minha vez.

Recordai-vos de que Jesus disse que somos todos irmãos, e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus! Pensai naqueles que sofrem, e orai.

(( Texto retirado do Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIII, Ítem 9 ))

terça-feira, 9 de março de 2010

Provas Voluntárias e Verdadeiro Cilício (( Um Anjo da Guarda - Paris, 1863 ))

Perguntais se é permitido abrandar as vossas provas. Essa pergunta lembra estas outras: é permitido ao que se afoga procurar salvar-se? E a quem espetou-se num espinho, retirá-lo? Ao que está doente, chamar um médico? As provas têm por fim exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação. Um homem pode nascer numa posição penosa e difícil, precisamente para obrigá-lo a procurar os meios de vencer as dificuldades. Mérito consiste em suportar sem murmurações as conseqüências dos males que não se podem evitar, em perseverar na luta, em não se desesperar quando não se sai bem, e nunca em deixar as coisas correrem, que seria antes preguiça que virtude.


Essa questão nos conduz naturalmente a outra. Desde que Jesus disse: "Bem-aventurados os aflitos", há méritos em procurar as aflições, agravando as provas por meio de sofrimentos voluntários? A isso responderei muito claramente: sim, e um grande mérito, quando os sofrimentos e as privações têm por fim o bem do próximo, porque se trata da caridade pelo sacrifício; não, quando eles só têm por fim o bem próprio, porque se trata de egoísmo pelo fanatismo.

Há uma grande distinção a fazer. Quanto a vós, pessoalmente, contentai-vos com as provas que Deus vos manda, não aumenteis a carga já por vezes bem pesada; aceitai-as sem queixas e com fé, eis tudo o que Ele vos pede. Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem propósito, porque tendes necessidade de todas as vossas forças, para cumprir vossa missão de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente, martirizar o vosso corpo, é infringir a lei de Deus, que vos dá os meios de sustentá-lo e de fortalecê-lo. Debilitá-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis: tal é a lei. O abuso das melhores coisas traz as suas punições, pelas conseqüências inevitáveis.

Bem outra é a questão dos sofrimentos que uma pessoa se impõe para aliviar o próximo. Se suportardes o frio e a fome para agasalhar e alimentar aquele que necessita, e vosso corpo sofrer com isso, eis um sacrifício que é abençoado por Deus. Vós, que deixais vossos toucadores perfumados para levar consolação aos aposentos infectos; que sujais vossas mãos delicadas curando chagas; que vos privais do sono para velar à cabeceira de um doente que é vosso irmão em Deus; vós enfim, que aplicais a vossa saúde na prática das boas obras, tendes nisso o vosso cilício, verdadeiro cilício de bênçãos, porque as alegrias do mundo não ressecaram o vosso coração. Vós não adormecestes no seio das voluptuosidades enlanguescedoras da fortuna, mas vos transformastes nos anjos consoladores dos pobres deserdados.

Mas vós que vos retirais do mundo para evitar suas seduções e viver no isolamento, qual a vossa utilidade na Terra? Onde está a vossa coragem nas provas, pois que fugis da luta e desertais do combate? Se quiserdes um cilício, aplicai-o à vossa alma e não ao vosso corpo; mortificai o vosso Espírito e não a vossa carne; fustigai o vosso orgulho; recebei as humilhações sem vos queixardes; machucai vosso amor-próprio; insensibilizai-vos para a dor da injúria e da calúnia, mais pungente que a dor física. Eis aí o verdadeiro cilício, cujas feridas vos serão contadas, porque atestarão a vossa coragem e a vossa submissão à vontade de Deus.

A Melancolia (( François de Genève - Bordeaux ))

Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes de vossos corações, e vos faz sentir a vida tão amarga? É o vosso Espírito que aspira à felicidade e à liberdade, mas, ligado ao corpo que lhe serve de prisão, se cansa em vãos esforços para escapar. E, vendo que esses esforços são inúteis, cai no desânimo, fazendo o corpo sofrer sua influência, com a languidez, o abatimento e uma espécie de apatia, que de vós se apoderam, tornando-vos infelizes.


Acreditai no que vos digo e resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. Essas aspirações de uma vida melhor são inatas no Espírito de todos os homens, mas não a busqueis neste mundo. Agora, que Deus vos envia os seus Espíritos, para vos instruírem sobre a felicidade que vos está reservada, esperai pacientemente o anjo da libertação, que vos ajudará a romper os laços que mantém cativo o vosso Espírito. Pensai que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra, uma missão de que já não podeis duvidar, seja pelo devotamento à família, seja no cumprimento dos diversos deveres que Deus vos confiou.

E se, no curso dessa prova, no cumprimento de vossa tarefa, virdes tombarem sobre vós os cuidados, as inquietações e os pesares, sede fortes e corajosos para os suportar. Enfrentai-os decisivamente, pois são de curta duração e devem conduzir-vos junto aos amigos que chorais, que se alegrarão com a vossa chegada e vos estenderão os braços, para vos conduzirem a um lugar onde não têm acesso às amarguras terrenas.

(( Trecho retirado do Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 5, Ítem 25 ))

sexta-feira, 5 de março de 2010

Amar é Uma Decisão (( Desconheço o Autor ))

O sábio recebeu a visita de um homem que dizia já não amar a sua esposa, e que pensava em separar-se.

O sábio ouviu... Olhou-o nos olhos, disse apenas: "Ame-a", e calou-se:

Mas eu já disse: Não sinto nada por ela!!!

"Ame-a" - disse novamente o sábio.

E percebendo o desconforto do homem, depois de um breve silêncio, o sábio explicou:

Amar é uma decisão, não um sentimento;

Amar é dedicação e entrega.

Amar é um verbo e o fruto dessa ação é o amor.

O amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.

Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim.

Ame o seu par, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o.

Lhe dê afeto e ternura, admire e o compreenda.

Isso é tudo: Ame!!!

A inteligência sem amor te faz perverso.

A injustiça sem amor te faz implacável.

A diplomacia sem amor te faz hipócrita.

O êxito sem amor te faz arrogante.

A riqueza sem amor te faz avaro.
A docilidade sem amor te faz servil.

A pobreza sem amor te faz orgulhoso.

A beleza sem amor te faz ridículo.

A autoridade sem amor te faz tirano.

O trabalho sem amor te faz escravo.

A simplicidade sem amor te deprecia.

A oração sem amor te faz introvertido.

A lei sem amor te escraviza.

A política sem amor te deixa egoísta.

A fé sem amor te deixa fanático.

A cruz sem amor se transforma em tortura.

E a vida sem amor não tem sentido.

Sobre a Vingança (( Francisco Xavier * Bordeaux, 1861 ))

Que pensarão de mim, dizeis freqüentemente, se me recusar à reparação que me pedem,ou se eu não a pedir àquele que me ofendeu? Os loucos, como vós, os homens atrasados, vos censurarão; mas os esclarecidos pela flama do progresso intelectual e moral, dirão que agis segundo a verdadeira sabedoria. Refleti um pouco: por uma palavra, dita muitas vezes sem intenção, ou inteiramente inofensiva, por um de vossos irmãos, vosso orgulho se fere, respondeis de maneira áspera, e a provocação está feita. Antes de chegar ao momento decisivo, perguntai se estais agindo como cristão. Que contas prestareis à sociedade, se a privardes de um de seus membros? Pensai no remorso de haver roubado a uma mulher o seu marido, à mãe o seu filho, os filhos o pai e com ele o seu sustento!

Certamente, aquele que ofendeu deve uma reparação. Mas não é muito mais honroso dá-la espontaneamente, reconhecendo os seus erros, do que expor a vida daquele que tem direito de queixar-se? Quanto ao ofendido, convenho que pode, às vezes, sentir-se grave mente atingido, seja na sua própria pessoa, seja em relação aos que lhe são caros. Não é somente o amor-próprio que está em causa; o coração foi magoado e ele sofre. Mas além de ser estúpido jogar a vida contra um miserável capaz de infâmias, mesmo que mate a este, por acaso a afronta não subsiste, seja qual for? O sangue derramado não provocará maior alarde sobre um fato que, se falso, deve desaparecer por si mesmo, e se verdadeiro, deve ocultar-se no silêncio? Só restaria, pois, a satisfação da vingança praticada, triste satisfação que, freqüentemente, já nesta vida, deixa causticantes remorsos! E se for o ofendido quem sucumbe, onde está a reparação?

Quando a caridade for a regra de conduta dos homens, eles conformarão os seus atos e as suas palavras a esta máxima: Não faças aos outros o que não queres que os outros te façam. Então, sim, desaparecerão todas as causas de discórdias, e com elas, as causas dos duelos e das guerras, que são duelos entre povos.

(( Texto extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XII: Amai os Vossos Inimigos ))